Satélites e equipamentos de informação de última geração confirmam que a camada de gelo da Groenlândia está desaparecendo de forma cada vez mais rápida, segundo um estudo publicado nesta quinta na revista Science.
Segundo Jonathan Bamber, cientista da Universidade de Bristol (Reino Unido), a perda de gelo foi constatada por ambos os processos. O estudo aponta que o fenômeno se manifesta por uma maior produção de icebergs, assim como por um aumento de água de gelo derretido sobre a superfície das camadas.
Os últimos verões mais quentes no hemisfério norte aceleraram ainda mais a perda da massa, para 273 gigatons por ano no período entre 2006 e 2008, o que representa uma alta de 0,75 milímetros no nível global do mar por ano.
Se a camada de gelo na Groenlândia se derretesse completamente, o nível do mar subiria sete metros. "A partir destes resultados fica claro que a perda de massa da Groenlândia se acelerou nos últimos anos e isto sugere que a tendência se manterá no futuro", afirmou Bamber.
"Há coincidências em ambos os cálculos totalmente independentes, o que nos faz acreditar nos números e conclusões do processo", acrescentou.
Segundo o estudo, desde 2000, a camada de gelo perdeu um total de 1,5 gigatons, o que representa um aumento nos níveis do mar de cerca de meio milímetro por ano.
O estudo acrescenta que, por outra parte, e desde o começo do derretimento da camada de gelo, a neve que cai sobre a região aumentou a um ritmo similar o que ocultou o processo durante mais de uma década.
Além disso, grande parte da água voltou a congelar-se sobre a camada de gelo. Sem esse efeito moderador, a perda da massa congeladas na Groenlândia teria sido o dobro da atual, diz o estudo.
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