A WMBI tem estudado a recorrência de fenômenos de migrações atípicas entre espécies de animais altamente adaptadas ao seu meio, causados pelas alterações climáticas e magnéticas pelas quais o planeta está passando, na sua preparação para o cataclisma previsto para 2012. Em 2004 ocorreu o primeiro prenúncio, quando dezenas de milhares de borboletas Monarca se precipitaram sobre um lago em Michigan, ao mesmo tempo em que a floresta canadense para a qual normalmente estariam migrando na mesma época era consumida por um incêndio de grandes proporções.
Em 2005 e 2006 foram registrados incontáveis fenômenos, dos quais o mais extremo e ilustrativo foi o súbito aparecimento em Anchorage, no Alaska de milhares de sapos cujo habitat são as florestas temperadas da região central dos Estados Unidos. Os batráquios continuaram surgindo misteriosamente ao longo de quase 48 horas, morrendo congelados poucas horas após saírem de uma caverna ainda não explorada.
Os primeiros sinais do problema atual com as abelhas surgiram pouco depois do Natal, na Flórida, quando os apicultores perceberam que muitas abelhas haviam desaparecido. Desde então, a síndrome que os especialistas batizaram como Problema do Colapso das Colônias (CCD) reduziu em 25% os enxames do país.
“Perdemos mais de meio milhão de colônias, com uma população de cerca de 50 mil abelhas”, disse Daniel Weaver, presidente da Federação de Apicultores dos Estados Unidos. Segundo ele, o problema atinge 30 dos 50 estados ame
NO BRASIL
No Brasil o desaparecimento de abelhas do planeta tem preocupado autoridades, deputados que compõem a Comissão de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Câmara dos Deputados realizaram audiência pública, em Brasília, para discutir o que os cientistas chamam de desordem de colapso de colônia. A desordem de colapso de colônia já foi identificada nos Estados Unidos, Alemanha, Suíça e Península Ibérica, e é caracterizada pelo fato de abelhas operárias encarregadas de coletar o néctar e o pólen nas flores não retornarem às colméias. Segundo Fábia de Mello Pereira, da Embrapa Meio-Norte (Teresina – PI), unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA),, como esse problema ainda não foi, oficialmente, constatado no Brasil, a causa da morte das abelhas no território brasileiro pode ser, entre outras, por envenenamento, plantas tóxicas, e por fome. “Esse último motivo é causado pela má disposição das colméias em regiões sem floradas suficientes, e também pelo fato de os apicultores não fornecerem alimentos para as abelhas”, explicou. Além dos problemas citados com as espécies de abelhas Apis mellifer (introduzidas na época do Brasil colônia), a pesquisadora comentou sobre outros problemas que afetam as abelhas nativas. Dentre eles o desmatamento e a atuação dos chamados “meleiros”, que, no processo de extração de mel, acabam matando as abelhas.
Acontece que no estado do Rio Grande do sul colônias inteiras de abelhas estão desaparecendo tal como o fênomeno nos EUA e na Europa . Lá e aqui, os apicultores têm encontrado as rainhas e colméias abandonadas, intactas e nenhuma abelha morta.
O físico Albert Einstein disse que se as abelhas desaparecessem, a humanidade seguiria o mesmo rumo em um período de 4 anos. A razão é muito simples: sem abelhas não há polinização, e sem polinização não há alimentos.
Estima-se que 73% das espécies vegetais no mundo sejam polinizadas por alguma espécie de abelha.
O pesquisador da Ufrgs e presidente da Federação Apícola do RS, engenheiro agrônomo Aroni Satler está em contato com pesquisadores dos EUA e Alemanha. Nestes dois países, as possíveis causas são desde um protozoário aiático até dessecadores com formicidas, agrotóxicos, antenas de celulares ou plantas geneticamente modificadas. Tudo ainda muito duvidoso e, só há uma conclusão definitiva: o desaparecimento das abelhas é um fenômeno que está se alastrando, dramaticamente, pelo planeta. Não há motivo para pânico?
Sem comentários:
Enviar um comentário